terça-feira, 27 de maio de 2014

ECO HOUSE, um oásis sustentável na cidade

Nossa casa, nosso planeta, que vem mudando há milhões de anos sua configuração, está sofrendo grandes transformações climáticas em regiões muitos diferentes, que antes tinham climas estáveis, gerando com isso, muitas catástrofes naturais, em todos os continentes. As cidades sofrem com as diversidades climáticas e as zonas rurais também passam por complicações relacionadas ao clima e a vegetação com os desmatamentos desgovernados e sem fiscalização dos órgãos competentes. O planeta sempre foi autossustentável, sempre passou por eras de evolução em constantes mudanças climáticas e geológicas. Nós, seres humanos, aprendemos ao longo dessa caminho, como usufruir, mas também como destruir tudo ou quase tudo, que a Terra nos oferece: os recursos naturais, as espécies animais e vegetais. Mas, agora, a Natureza está cobrando a conta desse disleixo  e como consequência, teremos que encontrar soluções práticas e eficazes para tentarmos reverter ou minimizar as agressões e impactos negativos ao meio-ambiente do planeta.

Aqui, no Brasil, no Hemisfério Sul, já podemos perceber claramente, algumas dessas mudanças, como recentemente uma chuva intensa de granizo, que raramente acontece com tal intensidade e a escassez de água em períodos de grandes estiagens, em diversas partes do pais, que paradoxalmente é um país tropical, com estações chuvosas bem definidas e enormes reservas de água potável. Em São Paulo, região sudeste do Brasil, durante o verão, quando as chuvas são quase diárias e intensas, a quantidade de água que caiu em milímetros cúbicos, no início desse ano, entre os meses de janeiro e fevereiro, não foi suficiente para suprir os reservatórios que abastecem a cidade e região metropolitana.

Será que estamos fazendo nossa parte, como deveríamos, para ajudar na preservação ambiental?Será que estamos conseguindo evitar que se agravem os problemas climáticos, nos salvando de tempos mais difíceis no futuro próximo? Fazendo uma pesquisa sobre iniciativas sustentáveis e ecologicamente corretas, na área de arquitetura, fui saber como alguns empresários estão desenvolvendo projetos de construção civil, que levam em conta as questões de preservação ambiental. Nessa busca, o VDNN encontrou uma empresa que vale à pena ser mencionada e seu projeto copiado por empreendedores que pensam em contribuir de forma eficaz e de modo inovador no mercado verde, se destacando no business da sustentabilidade.

O lugar fica em São Paulo, ali, no tradicional bairro de Pinheiros e se chama ECO HOUSE. O proprietário Erick Thomas, idealizador do espaço, conta um pouco para o VDNN como foi para chegar a esse conceito e ser pioneiro, nesse tipo de ambiente, no Brasil.
Erick – Bom, primeiro, desejar ser ecologicamente correto e sustentável, no Brasil, era um sonho que eu já nutria desde lá, no finalzinho dos anos de 1990, quando voltei a me estabelecer novamente em São Paulo, depois de um período morando fora, nos EUA e Europa, onde conheci mais de perto esse conceito de construção sustentável, desde o planejamento do imóvel, passando por escolhas de materiais e tecnologias até a implantação dos processos e funcionalidade dos espaços.

VDNN - O que exatamente é a ECO HOUSE?

Erick – É um edifício verde inteligente, com a missão de se tornar o primeiro restaurante voltado à preservação do meio ambiente, desde a construção à operação do espaço. Considero uma casa capaz de gerar seus insumos, reciclar os seus produtos e gerenciar de maneira eficiente as funções cotidianas e reduzir o impacto negativo, diário no micro e no macro ambiente.

VDNN – Como a ECO HOUSE minimiza esses impactos negativos?

Erick – Minimizamos o uso de recursos naturais, otimizando seus processos de eficiência energética como iluminação natural, telhado verde e lâmpadas de LED, temos eficácia no gerenciamento dos recursos hídricos, criamos um sistema de captação de água pluvial para reuso nas bacias sanitárias, limpeza do piso e manutenção do jardim, fazemos também o gerenciamento de resíduos sólidos por meio de coleta seletiva e dos resíduos orgânicos, fazemos a compostagem, desse modo, incorporando o tripé da sustentabilidade em todas as etapas do projeto.

VDNN – Em termos de economia e redução de gastos, você acredita que essa iniciativa possa se tornar viável para os empresários de um modo geral?

Erick – sim, aposto que daqui a alguns anos, a mentalidade empresarial estará mais em sintonia com essas questões ambientais. Procuro vender o espaço para empresas realizarem seus encontros, conferencias e vídeo conferencias, pois a ECO HOUSE é também um modelo de negócio que esta dando certo. Tenho no primeiro andar um espaço que chamo de “eco lounge” onde o piso absorve o impacto da movimentação das pessoas quando dançam ou simplesmente se deslocam no ambiente, transformando energia cinética em energia elétrica, armazenada em baterias que iluminam o ambiente. Eu gasto em média 50% a menos de recursos naturais do que uma edificação normal. No final do mês isso faz uma enorme diferença nas contas.

VDNN – Como o público responde ao espaço, há uma troca positiva?

Erick – Sim, acredito na transparência nessa relação, a partir do momento que se cria um ambiente saudável do ponto de vista da diversão, da alegria, do bem –estar com responsabilidade as pessoas tendem a aceitar com mais facilidades as mudanças, além do que aqui na ECO HOUSE, todas as tecnologias utilizadas no projeto fazem parte do “entretenimento” e são desenvolvidas para o deleite do público e todo esse processo pode ser acompanhado com clareza, diretamente pelas pessoas, por meio do Econômetro, um sistema de monitoramento dos recursos naturais utilizados, no qual é postada e atualizada a redução dos gastos em tempo real, no restaurante.

VDNN – O que é necessário para se tornar um empresário ecologicamente correto e ter lucros nessa empreitada? 

Erick – Basicamente, força de vontade, perseverança e determinação. Gostar da natureza e das pessoas, isso é o mais importante, dinheiro eu consegui sendo uma pessoa determinada a realizar esse projeto, indo atrás de patrocinadores, investidores e acreditando que me tornaria uma pessoa melhor, e que no futuro esse projeto pudesse servir de exemplo para meus filhos e amigos. Para se ter sucesso e lucro, o dia-a-dia dita como você deve agir com as pessoas que estão engajadas no seu sonho, respeitando o próximo e tentando ser fiel aos seus princípios. Apesar de ser alto o investimento, os riscos são menores quando você tem uma equipe que acredita em você, no desafio que você tá propondo.

VDNN – Qual a freqüência do restaurante? Há um perfil de público para o lugar?

Erick – A freqüência é ótima e na verdade, não procurei rotular o público e deixo que as pessoas que vêm pela primeira vez à casa se surpreenda com o que vai encontrar, se ela vai voltar? acho que sempre voltam trazendo mais pessoas para conhecerem o lugar, tanto por ser uma grande novidade como pela excelente gastronomia que oferecemos. Aposto muito na boa fama do “boca à boca” e não tenho gastos com publicidade. Quando a pessoa esta disposta a conhecer melhor o conceito da ECO HOUSE, naturalmente ela sai fascinada e comenta sobre o lugar com outras pessoas, isso gera uma rede de novos clientes que vêm por indicação de um amigo, de alguém que ela confia.


VDNN – Qual o grande desafio, agora que a o projeto está implantado e dando certo?

Erick – Mostrar às pessoas que não precisa parar de fazer aquilo que se gosta para ser ecologicamente correto e sustentável, que essas iniciativas podem ter ótima repercussão no dia-a-dia das pessoas sem que elas modifiquem tanto sua maneira de ser. Estamos também criando uma escola gourmet com a ONG Ação Comunitária, para jovens de Campo Limpo, aqui na periferia de São Paulo. O objetivo é formar esses jovens mostrando que há possibilidades de uma vida com qualidade dentro da realidade que eles vivem, com aulas de gastronomia, economia familiar, cidadania e o quanto é importante ter uma vida pautada nesses valores como honestidade, respeito ao próximo e preservando o meio-ambiente.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

SP-Ecoera Desfiles #3 edição

Desfile realizado no SP-ecoera, evento idealizado pela empresária Chiara Gadaleta, com a finalidade de apresentar novas propostas no segmento Moda e Sustentabilidade. Marcas participantes:Senhora Galante, Vuelo, Gustavo Silvestre, Karla Girotto, Puket, Será o Benedito, Flavia Aranha e acervos de brechós

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Walter Cunha, jornalista, artista plástico, produtor de moda, assessor de imprensa e agora blogueiro também.